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2023

FUTURO ANCESTRAL

O tema da 9ª edição do CAp Literário, "Futuro Ancestral", foi inspirado pela obra de mesmo nome de Ailton Krenak, que nos convida a refletir sobre a profunda conexão entre os saberes ancestrais e o futuro que queremos construir. No livro, Krenak propõe uma visão crítica sobre o futuro da humanidade, fundamentada na sabedoria dos povos originários e na necessidade de reconectar-se com a natureza e com nossas raízes.

 

Ao nos instigar a pensar sobre como a sabedoria dos nossos antepassados pode guiar as gerações futuras, o tema do evento nos leva a questionar o modelo de progresso atual e a considerar um futuro mais sustentável, ético e integrado com a Terra.

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2022

HÁ-BRAÇOS

Este ano, o festival literário do CAp alcançou um sucesso significativo, com um tema profundamente alinhado aos desafios do nosso tempo: "Há-Abraços". Em meio à pandemia de COVID-19, que impôs o isolamento social, o distanciamento físico e tantas perdas, o jogo de palavras presente no tema não apenas trouxe afeto e leveza, mas também uma reflexão sobre o momento que vivemos. A palavra "abraço" ganhou um novo significado durante a pandemia, algo que se tornou raro, distante, mas ainda assim profundamente necessário.

 

O tema "Há-Abraços" veio como um convite para refletirmos sobre a importância das conexões humanas, especialmente em tempos de distanciamento. A afetividade envolvida tanto na criação quanto na execução do evento representou uma forma de suprir, ainda que simbolicamente, essa falta de proximidade física que tanto marcou nossas vidas durante a pandemia. Mesmo com as limitações impostas pelo isolamento, o festival mostrou que é possível criar laços e abraçar o outro através da arte, da criatividade e da colaboração.

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2021

RIR É UM ATO DE RESISTÊNCIA

Em 2021, o CAp Literário foi inspirado pela fala do ator Paulo Gustavo, reconhecendo a importância do riso em momentos desafiadores. Em tempos de isolamento e de tantas perdas que poderiam ter sido evitadas, a simples ação de sorrir tornou-se um ato de resistência. Rir não tem sido uma tarefa fácil, especialmente em meio à dor e à incerteza, mas é justamente por isso que é tão necessário. Em momentos difíceis, o riso oferece uma pausa, uma forma de respirar e enfrentar a realidade com mais leveza.

O evento busca compreender a presença e a ausência do riso, investigando como ele pode ser tanto uma manifestação de alegria quanto uma ferramenta de enfrentamento em situações adversas. A proposta não é apenas incentivar o riso por si só, mas entender seu papel como um mecanismo de resistência. As artes, em suas diversas formas, tornam-se protagonistas nesse contexto, oferecendo não apenas entretenimento, mas também conforto e esperança de um futuro melhor.

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2020

JANELAS DA MEMÓRIA

Esse foi o tema do CAp Literário 2020, com Culminância realizada em fevereiro de 2021. Nesse período marcado pelo isolamento social e enfrentamento da pandemia de COVID-19, refletimos sobre muitos aspectos pessoais e coletivos e não seria diferente com o nosso evento. Precisamos repensá-lo, de maneira que ele não perca sua identidade e seus princípios. Portanto, partimos da curadoria de registros dos anos anteriores para que essas memórias pudessem inspirar novas ações. Olhamos para o passado para entender o presente. Dessa forma, para criar a identidade literária e pedagógica dessa edição, utilizamos o texto “Ideias para adiar o fim do mundo”, de Ailton Krenak, pois acreditamos na urgência e na necessidade de retomada da memória dos povos originários para os dias atuais. A sétima edição, apesar de ter se configurado de forma remota, funcionou, mais do que nunca, como um respiro para todos os envolvidos. Tivemos rodas de conversas, poesias, resgate de memórias, apresentação de trabalhos artísticos e literários de estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, envolvimento dos licenciandos, dos familiares e de professores pesquisadores de diversas partes do Brasil, que graças ao novo formato, puderam confraternizar e compartilhar conosco pela primeira vez.
O "CAp Literário: Janelas da memória" foi uma suspensão do céu.

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2019 

CAOS E COSMOS

Caos e cosmos: dois lados da mesma moeda. Quando pensamos em caos, a desordem, a balbúrdia e o desequilíbrio nos vêm à mente. Já quando pensamos em cosmos, nos surgem ideias opostas: o espaço, a harmonia e a organização universais. Porém, o caos não é tão caótico assim. Na tradição grega, é o vazio primordial com caráter indefinido e ilimitado que veio antes do nascimento dos seres e das realidades do universo. Na Teoria do Caos, a desordem é apenas aparente, pois há padrões de organização dentro de fenômenos desorganizados. No caos, na balbúrdia, se encontra, na verdade, a potência da criação. 
Em um ano conturbado política e socialmente, o CAp Literário 2019 trouxe à tona aquilo que incorretamente se julga como balbúrdia. A potência criativa do caos, em consonância com a harmonia do cosmos, predominou nas atividades da sexta edição do CAp Literário. Por meio de exposições, palestras, instalações interativas e performances artísticas, a comunidade escolar pôde não apenas refletir sobre a potência das artes, em especial, da literatura, mas também fazer acontecer a educação pública, gratuita, laica, democrática, inclusiva e de qualidade que orienta o Colégio de Aplicação da UFRJ.

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2018

E O CORPO AINDA PULSA...

Segue uma apresentação resumida do evento:
O tema da 5a edição do CAp Literário foi inspirado na canção "Pulso", composta por Toni Bellotto, Marcelo Fromer e Arnaldo Antunes e imortalizada nas vozes dos Titãs. Num ano de inquietações políticas, assassinato de Marielle Franco e incêndio no Museu Nacional - UFRJ, a escola se reafirma como espaço democrático de resistência: "e o corpo ainda pulsa...".
Ampliando a dimensão de corpo (físico, político e social) e de pulsar (fonte de radiação radioelétrica, impulsionar e palpitar do coração), o Setor de Língua Portuguesa desenvolveu trabalhos com estudantes de Educação Básica e Licenciatura que representassem, de múltiplas formas, o corpo como resistência.
Assim, inspirado pelo logo criado pela Professora Sula Freire do Setor de Artes Visuais da escola, 22 de setembro foi um sábado de saberes e afetos que nos ensinam só ser possível pensar em liberdade quando eu e o outro somos livres para viver arte, ser e pulsar.

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2017

OUTRAR-SE

Refletindo sobre os conflitos cotidianos, percebemos a falta de empatia como um elemento propulsor das grandes mazelas sociais. Nesse contexto, a quarta edição do evento CAp Literário trouxe como tema o "outrar-se", exercício importante para a construção de uma sociedade mais justa. A tolerância em relação ao outro, mesmo que este se encontre em si, é fundamental para fomentar o respeito à pluralidade.

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2016

#OCUPAESCOLA

O tema da terceira edição do festival foi a própria escola, bastante pertinente naquele contexto político. Toda a construção do CAp Literário foi pautada por reflexões e críticas sobre a instituição; as atividades protagonizadas pelos alunos - de jogral a mesas de debate, de exposições a oficinas de poesia - foram orientadas para questionar os limites e os potenciais da escola. A ampla adesão de alunos, pais, professores e funcionários durante todo o dia de festival consolidou sua capacidade de engajamento da comunidade escolar em torno de questões críticas e socialmente relevantes.


Em 2016, o CAp Literário se tornou evento de extensão e foi apresentado em diversos encontros acadêmicos, tanto por suas duas bolsistas PIBIAC (VII Semana de Integração Acadêmica da UFRJ, III Encontro de Ensino e Aprendizagem de Línguas e Literaturas da UFRJ e II Sicea Interregional Sul-Sudeste) quanto por professores do CAp/UFRJ (IV Congresso Latino-Americano de Formação de Professores de Línguas).

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2015

A TERCEIRA MARGEM DO RIO

Com recursos institucionais, a apresentação, organização e divulgação do CAp Literário em sua segunda edição pôde se aprimorar e ampliar. Naquele ano, o evento adotou como tema a cidade do Rio de Janeiro, que comemorava seus 450 anos. Era um tema em voga na vida dos alunos, não apenas para celebrações, mas também para reflexões críticas sobre a “terceira margem” do Rio. O que haveria para além das belezas naturais que compunham a paisagem da chamada “cidade maravilhosa”?

Os trabalhos então apresentados tomaram a cidade como ponto de partida para expressar diferentes formas de transver o mundo. Entre as atividades que aconteceram durante o festival, destacam-se: exposições, oficinas, minicursos e outras ações pedagógicas, todas pensadas para aproximar a comunidade do universo artístico e literário que envolvem a leitura e a produção textual.


Pela diversidade e quantidade de atividades propostas, esta edição teve um público ainda maior do que no ano anterior, inclusive com a participação de alunos do Ensino Fundamental I no momento de contação de histórias. Um ganho signitivativo para o CAp Literário em 2015 foi o mais intenso envolvimento de licenciandos na organização e programação do evento.

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2014

CRIAÇÃO

O CAp Literário nasceu do anseio dos professores de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira do CAp UFRJ para promover a troca e a divulgação, entre os estudantes e a comunidade escolar, dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos do 6º EF ao 3º ano EM nessas disciplinas. O projeto também tem origem nas discussões acerca da adesão do CAp ou não às Olimpíadas de Língua Portuguesa, voltadas para escolas da rede pública. Naquele momento, a equipe do Setor considerava que a adesão às Olimpíadas ia de encontro às expectativas para a produção escrita dos alunos, uma vez que a proposta estava dentro de uma estrutura mercadológica e formatada em padrões que não dialogavam com a formação intelectual e crítica a que aspirava para os educandos.


Assim, o projeto CAp Literário surge como uma iniciativa de repensar o espaço da produção escrita e da leitura. Enquanto evento pedagógico, buscava-se integrar a comunidade escolar em torno da produção de trabalhos críticos e criativos desenvolvidos ao longo do ano letivo dentro e fora da sala de aula, bem como promover o intercâmbio de diversas experiências com o universo da leitura. Como resultado, em vez de textos formatados em padrões pré-estabelecidos por uma norma ou regimento, o que se apresentava no primeiro CAp Literário era uma pluralidade de escritas criativas, que iam da exposição de textos em cordel à exibição de vídeos, da produção de poemas à encenação de peças teatrais.


Ao fim, o projeto surpreendeu seus idealizadores: não só o público foi numericamente superior ao esperado, mas o conceito expositivo do evento se transformou quando, no contato com as atividades propostas, os participantes se tornaram seus coconstrutores.

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